Indumentária no local de trabalho

por Rita Bobone

Chega o Verão e as bombocas e pernocas deste mundo saem em rua e vêm para o trabalho sem medo nem pudor.
Dada a severidade económica que paira sobre o país, pareceu-me adequado sugerir também algumas medidas de austeridade para o vestir aquando no local de trabalho.

Ora, se nos dias que correm tomarmos como elementos fundamentais das regras de indumentária laboral a medida de tecido necessária para cobrir as partes essenciais do corpo feminino e a vergonha das senhoras em destapar centímetros quadrados de pele, então vamo-nos sentir todos como Gulivers em Lilliput.

Desta forma, prevenindo desvios de sensatez e cobertura no emprego, aqui ficam uma série de sugestões para os próximos meses de calor passados em frente à luz branca de um pc.

DEVE: vestir roupas claras que permitam uma refrigeração delicada e adequada, utilizando para o efeito roupa interior de mínimo destaque.
NÃO DEVE: optar pelo sutien de renda preto com pequenas fitas cor de rosa entrelaçadas nas alças, usado sob o top básico branco-transparente de alças esparguete da Zara Basics.

DEVE: optar por calçado aberto para evitar o sobreaquecimento e desconforto nos pés, escolhendo modelos elegantes com pelo menos 2 cm de salto.
NÃO DEVE: calçar uma folha de cabedal presa por um pedaço de corda em cada pé, à la antepassados da Pocahontas.

DEVE: optar blusas elegantes sem mangas ou manga curta combinadas com saias de tamanho mediano ou calças leves e frescas.
NÃO DEVE: trazer o vestido branco sem alças comprido e esvoaçante, ainda a cheirar à praia de Domingo e com bocadinhos de areia presos na bainha.

DEVE: barrar-se INTEIRAMENTE de creme protector nas idas à praia ou noutras actividades ao ar livre com uma duração superior a 30 minutos.
NÃO DEVE: aparecer no trabalho com um décor à la lagosta cozida, passando os dias seguintes a perder escamas pela secretária de trabalho.