Everybody cais

Há dias, caí na rua. Não caía desde os 19 anos (à porta da faculdade, em frente à Professora de Cristianismo e Cultura - foi deus que me empurrou, claramente, por eu na altura ter escrito num trabalho que não me questionava acerca das dúvidas supostamente sentidas por toda a humanidade - quem sou eu/porque estamos aqui?).
Desta vez caí e, para compensar os 7 anos sem quedas, foi em força: à porta do vasco da gama, em plena luz solar, num sábado chuvoso e, naturalmente, em câmara lenta. Não bastasse a humilhação da impotência física de sentir as pernas ceder, os joelhos aproximarem-se do chão e as mãos sem nada para agarrar, tive também de bater com a cabeça num semáforo. Estou certa de que isto é inédito em toda a história de quedas em frente ao vasco da gama e isso de certa forma faz-me sentir especial.