Falta-me um titulo CATIVANTE

Pelas onze horas e meia da noite, sou atacada pelo vírus como assim o dia já vai acabar, não quero o amanhã já!.

Tipicamente, combato-o através da concretização do número máximo de tarefas que o meu cérebro belo e distinto consegue conceber.

Ora, hoje (ontem), à laia de exemplo, batiam as 23:37 no relógio do forno, entrei na cozinha e tirei a loiça da máquina (que lá residia há sensivelmente 36 horas) e prenchia-a com novas peças, refletindo demoradamente sobre a melhor zona de arrumação. Substituí a Bailarina decrépita por uma Bailarina nova e vigorosa. Apanhei lençóis hirtos e estendi camisas brancas (a minha farda desde os 23 anos) no arame (uma delas decidiu rejuvenescer na máquina e agora só aceita corpos de 12 anos). Analisei e reordenei todos os alimentos do frigorífico, continuando sem saber para que serve a couve branca firme que ainda lá mora (couves, as tartarugas do reino leguminoso).

Estou agora sentada no sofá, acompanhada da pilha de roupa que jazeu solitária durante dias vários no banquinho da minha cozinha.

Vida de solteira: uma aventura suave alguns dias por semana.

dogbless x

(ah, também varri o chão - duas vezes)