Oh não mais um post sobre o novo ano... (spoiler alert: este traz imenso ódio)
Sei que vou apenas ser mais uma de para aí 3 milhões quando escrevo, o tempo passa a correr, porra.
***
Um breve aparte: é impressão minha ou toda a gente tem sempre um ano do caraças com fotos fantásticas sorridentes para comprovar? Para quando um post no Instagram com as 9 piores fotos do ano? Aquelas a que só 3 pessoas fizeram like e 2 deles têm relação sanguínea connosco? Essas sim deviam ser partilhadas. É a errar que se aprende, malta. Assimilei eu bem esta lição graças às diversas vezes que esmurrei o carro nos pilares da garagem - não tendo nunca batido na estrada, ‘tão a ver??!! Pronto, o meu ano foi mais ou menos. Quem quiser juntar-se ao clube, venha daí (mas calados, que eu gosto de pouco barulho).
***
Não planeio aborrecer ninguém com conversas longas e aborrecidas sobre o novo ano (serei sucinta e interessante), mas estou cheia de planos na cabeça de coisas que TENHO de fazer em 2019. Não tanto porque quero crescer e evoluir como pessoa adulta, mais porque o pensamento COMO É QUE AINDA NÃO FIZESTE ISTO, [inserir a vossa asneira mais agressiva predileta] ? está a passar constantemente na parte de trás dos meus olhos preso a um daqueles aviõezinhos que publicitam mensagens de amor e festas brancas e que às vezes caem nas praias.
Naturalmente, não ocuparei este digno espaço com os meus superficiais desejos e anseios (pf ignorar os últimos 13 anos de posts), mas partilharei uma das minhas ações para 2019 especialmente porque a farei com banda sonora de riso maquiavélico em loop:
So long, facebook.
Fomos próximos durante 10 anos (o tempo passa a correr, porra) e sinto que não tirei nada desta relação. Tu levaste os meus dados e fazes sabe Mark o quê com eles, torturas-me impossibilitando-me de evitar que me tagguem (reparem só, duplo g para agradar ao inglês e u depois do g para agradar ao português - am i a crowd pleaser or what?) em fotos, bombardeias-me com emails aleatórios sobre updates QUE EU NÃO POSSO PERDER sobre as aptidões fantásticas que os hamsters dos filhos de pessoas que andaram comigo na primária possuem, enfim podia listar os teus defeitos durante certamente diversos minutos.
E o que me deste tu? Sentimentos de incompletude face às vidas alheias que inadvertidamente (será?) vou acompanhando? Records de corridas que não vou conseguir bater? Barrigas magras bronzeadas que vou ver passar ao lado? Destinos paradisíacos que ainda não visitei? Visibilidade sobre promoções irresistíveis de sacos de silicone para guardar alimentos quentes, frios ou gelados e que PODEM IR À MÁQUINA DE LAVAR???
Não mais, facebook. Chacun son cinéma e eu não quero mais ver o teu filme. Sem rancores, mas sem demoras.
Nota de rodapé escrita em tamanho normal para ser lida a velocidade acelerada como na rádio:
O glamoroso dear chiclete continuará acessível diretamente no seu website - dearchiclete.net. OH MEU DEUS, COMO ASSIM VOU TER DE IR A UM WEBSITE?! diz a mente simplória. É fácil, diz Rita, Master of the Universe (sim, este é o meu nome oficial - a Siri usa-o sempre que fala comigo) podem subscrever para receber os novos posts por email (lá em baixo no fundo de tudo) ou então ser fixes e segui-lo no Feedly ou algo similar. No twitter e Instagram também nos podem achar (eutanásia a uma rede social de cada vez, antes que comecem a mandar vir acusando-me de inconsistência, vermes).
Até já pessoas e se me virem na rua evitem desejar-me bom ano - sinto-me estúpida a dizê-lo de volta. É uma insegurança minha. Enfim, ainda não sou perfeita. Lá chegarei.